A ballista portátil
Utilizada na
Antiguidade clássica, a Balista de mão é ainda hoje uma arma pouco conhecida. Usada pelo
exercito romano que a tratou com um certo secretismo ao tê-la obtido na Grécia... apenas chegaram aos nossos dias poucos documentos ou restos
delas....
Utilizava um mecanismo duplo de torção (corda
entrançada) para acumular a energia necessária para disparar dardos contra o
inimigo.
As versões pesadas lançavam dardos longos semelhantes a lanças ou pedras de forma
esférica.
Exemplo de reconstrução existente num museu...de uma ligeira...
Cada haste propulsora (no desenho vê-se unicamente a do lado mais detalhado, devido á perspectiva da foto) tinha um extremo enfiado no interior de uma corda entrançada cuja torção era ajustada no topo do cilindro onde estava colocada...
As duas hastes eram unidas por uma corda que ao ser puxada fazia com que torcessem mais as cordas dos extremos...essa energia acumulada catapultava o dardo...neste exemplo, a corda estava retesada e travada no dispositivo de disparo. Só faltava colocar o dardo...
Legionário romano transportando a sua balista (reprodução em filme histórico)
O meu "moderno flipper" baseado em parte na tecnologia da balista...
Não usei cordas ...mas sim molas...
Atendendo
ao modelo que pretendi fazer, escolhi pequenos dardos de pistola besta...
Comecemos pelo falso arco, na forma um grande H
Imaginemos os seus
topos ligados por uma corda. as réguas azuis articulam na barra central verde...
Nos extremos inferiores serão colocadas molas helicoidais...
A barra vermelha representa a coronha vista por cima...
Passando á pratica...
O início foi a colagem de duas peças de madeira a formarem como que uma cruz...
Depois de vários ensaios o H ficou pronto...não foi fácil encontrar uma conjugação de medidas que resultasse...
O dardo entre duas ripas teve como finalidade ajudar a procurar a distancia ideal para a calha onde irão seguir os dardos sem ficarem demasiado apertados (evitando atrito prejudicial) quando do disparo...
Grampos a colar a guia dos dardos na semi coronha...
Rudimentarmente montado o flipper...
Para as articulações que formavam o falso arco empreguei parafusos como estes...com uma parte roscada e outra não...que faz de veio...
Cordão retesado com dardo colocado na calha...
Construí em tempos esta carabina que disparava dardos...mas não possuía calha, e o tiro era muito instável...ficou bonita. mas muito pouco precisa...
Havia que a desmanchar e adaptar...não hesitei...
Depois do fuste cortado retirei o verniz!
Coloquei a barra central do H...
Foi a vez das réguas que pivotam...
Finalmente as molas...
Corda retesada ao limite...
Para que o dardo não caia quando da movimentação do flipper...houve que construir um suporte flexivel...e assim amoleci uma peça retangular de plástico em agua a ferver...
Dois moldes em madeira, pressionei a peça de plástico entre eles...
Os dois moldes já destacados da peça de plástico já enformada...
Colei um retangulo de madeira por baixo de uma das extremidades para conseguir mais pressão...
Em posição de disparo, e lá está a peça de plástico que mantém o dardo na posição correcta...
O alvo iria ser uma placa de esferovite...
Colocando a corda no gatilho...muito pouco pratico...
Dardos disparados ao ar livre a cerca de 20 metros de distancia sobre uma placa de esferovite com 6 centímetros de espessura...
O alvo ficou neste estado! O flipper é
menos potente que uma pistola bésta e maior em tamanho, mas não deixa de
ser um "brinquedo" interessante, construído artesanalmente. O preço dos materiais foi irrisório...
Octávio Oliveira